Portugal foi, desde a sua fundação, governado por reis.
A essa forma de governo chama-se MONARQUIA.
No entanto, nos finais do século XIX, havia muitas pessoas que achavam que a monarquia não era a melhor forma de governar um país: o rei reinava a vida toda.
Quando morria era o filho mais velho, o príncipe, que tomava o seu lugar.
Os problemas que as pessoas viam na monarquia eram devidos a coisas muito simples:
- E se o rei governasse mal?
- E se fosse cruel para com os súbditos (o povo)?
- E se ficasse doente ou louco?
- E se decidisse mal coisas importantes para o país?...
Claro que estes problemas podem acontecer com qualquer governante, fosse ele um rei ou outro...
No entanto, as vantagens de uma forma de governar diferente eram vistas como boas.
Seria um sistema diferente: uma REPÚBLICA.
As repúblicas têm dirigentes eleitos por períodos de tempo mais curtos e o controlo do poder parecia mais eficaz.
Por tudo isto, grupos de cidadãos portugueses, partidários de um sistema de governo republicano, foram-se revoltando e acabaram por conseguir terminar com a monarquia e implantar a República, como vinha acontecendo noutros países da Europa.
Isto aconteceu a 5 de Outubro de 1910.
A República foi proclamada dos Paços do Concelho (a Câmara Municipal) em Lisboa. A importância deste facto foi tal que se decidiu que essa data fosse um dia feriado.
O último rei foi D. Manuel II que partiu para Inglaterra com a restante família real, ficando aí a viver no exílio. O primeiro presidente foi Teófilo Braga, mas foi apenas presidente do Governo Provisório até às eleições, onde foi eleito como primeiro Presidente de Portugal Manuel de Arriaga.